A obra cinematográfica como instrumento de diálogo sobre saúde sexual e reprodutiva de adolescentes quilombolas: implicações bioéticas
International Journal of Development Research
A obra cinematográfica como instrumento de diálogo sobre saúde sexual e reprodutiva de adolescentes quilombolas: implicações bioéticas
Received 08th July, 2022; Received in revised form 27th July, 2022; Accepted 18th August, 2022; Published online 23rd September, 2022
Copyright © 2022, Max Amaral Balieiro et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Objetivo: analisar, a partir da obra cinematográfica, como instrumento metodológico, as implicações bioéticas que permeiam a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes quilombolas. Metodologia: possui abordagem exploratória, descritiva, qualitativa, do tipo investigação narrativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, contendo questões fechadas e abertas, aplicado a dez participantes, estudantes da rede pública de ensino, estando matriculados no ensino fundamental no Quilombo do Curiaú, Macapá, Amapá, sendo estes de ambos os sexos, na faixa etária entre 13 e 18 anos. A análise de dados teve como referência a técnica proposta por Bardin (1971), subsidiada pelo software ATLAS.ti versão 8.0. Resultados: Após a transcrição das respostas dos participantes, a análise dos dados proporcionou a construção de duas categorias temáticas: Saúde sexual e reprodutiva: entendimento e adesão de adolescentes Quilombolas; Contraceptivos na adolescência: conhecimento e uso. Considerações Finais: Os discursos evidenciaram que a maior parte dos estudantes não estão cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde ou fazem o acompanhamento de sua saúde sexual e reprodutiva, seja por ausência de conhecimentos ou pela particularidade que circunda sua vida dentro dos quilombos, dessa maneira, observa-se que o assunto “sexo” ainda continua sendo tratado pelas famílias como um tabu, promovendo ainda preconceitos no âmbito sociocultural do quilombo.