Lideranças e redes sociais: comportamentos entrelaçados nas relações de trabalho

O objetivo do estudo foi identificar potencialidades emergentes de lideranças formais e informais em uma empresa do setor metalúrgico localizada em São Caetano do Sul-SP e os possíveis benefícios das interações entre seus colaboradores. Para tanto, foi aplicado um questionário para cada componente da equipe, cujos dados foram analisados à luz da Teoria de Análise de Redes Sociais (ARS). Foram formados três grupos de fluxos de informações: técnicas, recursos humanos e relações de amizade, tanto no nível administrativo, quanto operacional. Por meio da ARS os resultados demonstraram que pelo menos 3 colaboradores possuem estimativas que indicam maior capacidade de relacionamento e consequente poder de influência por sua posição central na rede. Os resultados apontam para a necessidade de que os gestores devem estar atentos para as possibilidades de lideranças formais e informais de modo a integrar ação sinérgica destas lideranças e canalizar os efeitos de poder, influência e dependência entre os atores da rede como moderadores de bem estar no ambiente de trabalho. A evolução interpessoal das relações na rede social indica que a integração entre os atores pode ser um vetor de engajamento ao compromisso por meio de formas de liderança do tipo carismática, transformacional e compartilhada tendo por finalidade o aumento da confiança e do desempenho do grupo no local de trabalho. A contribuição deste artigo se dá pela aplicação da Teoria de Análise de Redes Sociais (ARS) em uma empresa do setor metalúrgico que constatou que a rede informal pode colaborar com a estrutura formal das empresas.